Outras razões, do foro da minha vida profissional, têm-me impedido de vir aqui, para complementar a ideia.
Tãopouco hoje, trago novidades minhas.
Trago, antes, um pequeno texto de Teixeira de Pascoaes, que, creio, e apesar de se focar no território que de Arêgos fica a Norte, nos ajudará a todos - e naturalmente que vos incluo, porque vos sinto 'com' a ideia -, a manter a atenção e a vontade de fazer, para aquela que é a Nossa Aldeia:
'...É na região de Entre Douro e Minho que o Portugal de terra se mostra em alto e nítido relevo. É ali, portanto, que devemos estudar a Paisagem como fonte psíquica da raça(...). O doloroso drama transmontano e o bucólico idílio minhoto, fundem-se, na região do Tâmega, numa paisagem original que é o próprio busto panteísta do génio dos Lusíadas(...). A reflexão da paisagem no homem é activa e constante. A paisagem não é uma coisa inanimada; tem uma alma que actua com amor ou dor sobre as nossas ideias ou sentimentos, transmitindo-lhes o que quer que é da sua essência, da sua vaga e remota qualidade que, neles, conquista acção moral e consciente. ...' (in Arte de Ser Português, Op. cit., pp. 69-71)
Lembro ainda que este autor definiu, em Unamuno e Portugal, assim os Portugueses:
'...o português é um ser indefinido ainda, ou antes, um ser que tem vivido fora da sua forma própria, fora do seu corpo; e o seu progresso dever-se-á fazer no sentido de encontrar o corpo que, por natureza da sua alma, lhe compete. ...' (in Unamuno e Portugal, A Águia, ano I, 1ª Série, nº 8 de 1 de Abril de 1911),
que leio como a indicação do caminho para dar corpo à minha ideia, para a qual, feliz, encontrei já tantos adeptos.
Nota: os vossos comentários são bem-vindos. Se não os quiserem publicar online, enviem-mos para luc956@gmail.com . Obrigado.